terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Profissionais debatem condições de emprego do menor aprendiz

 
Profissionais de assistência social e da área do trabalho, em nível estadual e municipal, debateram na manhã desta terça-feira (22), na Cia. Bella de Artes, a profissionalização de adolescentes e jovens.

Elvira Míriam Veloso de Melo, do Núcleo de Apoio a Projetos Especiais da Superintendência Regional do Trabalho, de Minas Gerais, alertou que é preciso dar à juventude opções de emprego decente e digno, com todo cuidado para não colocá-la exposta a formas degradantes e explorativas de mão-de-obra.

Participaram do encontro cerca de 100 profissionais, representantes de instâncias do Poder Judiciário, de conselhos de proteção aos jovens e adolescentes, do sistema "S" (Senac, Sesi e Senai), e das secretarias municipais de Assistência Social, de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e outros orgão da administração municipal. Compareceram também membros da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), da Associação Comercial e Industrial e Agropecuária (Acia), e entidades assistenciais da cidade.

Elvira acrescenta que a oportunidade de trabalho tem que ser em pé de igualdade para os jovens de famílias de maior ou menor estrutura financeira. Para ela, não existe forma pronta de resolver a questão da profissionalização, porém, para retirar jovens das ruas é necessário garantir acesso a escola em tempo integral para todas as crianças, o que é obrigação do Estado.

Darlan Barthoso dos Santos, coordenador do Comissariado de Justiça, acha importante a iniciativa da Rede de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente (Proteji), porque em todos encontros são debatidos assuntos que orientam e preparam melhor as ações dos agentes sociais. Como exemplo ele cita duas notificações recentes devido comprovação de exploração de menor aprendiz em situação de trabalho insalubre e em serviço de comercialização de bebidas alcoólicas.

A supervisora-pedagógica do Senac, Natália Galharde, observa que o jovem com formação realizada na instituição tem boa aceitação no mercado. Na avaliação dela, o empresário acredita no preparo do aprendiz, porque sabe que ele adquiriu informações sobre a profissão e saberá utilizar adequadamente na prática. "Normalmente esse jovem, após algum tempo de serviço, é contratado pela empresa", avalia.

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